8.12.14

Voluntário virtual: da paquera ao casamento

Há tempos não escrevo aqui. A última vez foi sobre a morte do meu avô Luciano Pietrobon, um homem que eu tanto admirava, porém este ano foi tão incrível que não poderia passar em branco. Repleto de extremos, chorei como criança quando perdi meu tio e me contentei quando minha avó Honófria, não aguentando a saudade, foi encontrar meu querido vô no céu. Este ano eu também abracei o trabalho voluntário no Projeto Ubuntu e é disso que eu venho falar. 


Música indicada para acompanhar a leitura do post: Eric Clapton – Change The World

A internet é um meio poderoso de comunicação. Permite encontros que em outra época seriam impossíveis e proporciona a transmissão rápida de informações que antes demandariam muito tempo. Graças a este avanço tecnológico podemos acompanhar o que acontece no mundo inteiro e até mesmo colaborar por uma sociedade melhor através das novas formas de engajamento social que surgem frequentemente, basta estar conectado.

O Instituto C&A, referência em voluntariado empresarial, afirma que o voluntariado é “uma construção entre seres humanos que estão num mesmo plano e são capazes de somar competências para superar desafios.” [1]

Como um casal que percorre a trilha paquera-namoro-casamento, assim é estabelecida a parceria através do voluntariado.

Tudo começa na paquera, algo cativa a nossa admiração então nos aproximamos de modo cortês, despretensioso, desejando apenas conhecer um pouquinho mais, mas sem compromisso algum. A não ser que você tenha caído de pára-quedas em nosso artigo, eu asseguro que seu nível de envolvimento com o Projeto Ubuntu é no mínimo o de paquera. Este era o meu quando ouvi a desafiadora pergunta:

“De que forma você poderia usar seu talento profissional para servir a Deus?”

Confesso que fui pega de surpresa e no momento dei uma resposta superficial. Mesmo sendo cristã eu nunca havia imaginado que minhas habilidades na área criativa pudessem ser tão úteis. Deste então me pergunto o mesmo diariamente e com o passar do tempo descubro novas maneiras e meios de servir. Este exercício me ajudou a compreender melhor qual é o meu papel na sociedade. Foi assim que eu encontrei no Projeto Ubuntu um lugar como voluntária virtual.

O campo para o voluntariado virtual é amplo, vai desde compartilhamentos em redes sociais até o desenvolvimento de um site, tradução ou revisão de textos.

Também podemos citar: redação de contratos; assessoria jurídica; identificação de fontes de apoio e captação de recursos; banco de dados; coleta de informações; elaboração de campanhas; design gráfico; monitoramento de mídia social; podcasting; vídeos; etc.

O que faz o seu coração vibrar? Tente imaginar como o seu tempo e habilidades podem ser dedicados para juntos construirmos, no âmbito virtual, uma relação estruturada capaz de enfrentar e vencer problemas. Certamente sua resposta será o indicador de como você servirá melhor.

Este período de busca é semelhante ao namoro. Depende de várias condições para ser bem-sucedido. Nele observamos as possibilidades de uma futura aliança. Deve haver interesses em comum e uma soma positiva de qualidades individuais para se formalizar o compromisso.

O casamento acontece após uma decisão conjunta de se unir forças. Ele traz mudança significativa na vida daqueles que optaram pelo “sim”.  Gosto da filosofia africana Ubuntu, pois, ela nos ensina o valor destas alianças e a importância das pessoas se relacionarem umas com as outras.

Através do trabalho voluntário como Designer Gráfico no Projeto Ubuntu, posso somar minhas habilidades com as habilidades de diferentes pessoas, utilizando assim o capital humano para contribuir tanto para a comunidade onde estou inserida quanto para países que estão a um Atlântico de mim num continente que tanto amo, a África.

O que recebo em troca não é aquele sentimento de “dever cumprido”, mas sim o de ser humana. A rica oportunidade de conhecer e interagir com pessoas incríveis que estão casadas com o mesmo propósito, ser e fazer a diferença que nosso mundo precisa. Muitas vezes precisamos apenas de uma pergunta simples que sacuda a nossa mente.

De que forma você poderia usar seu talento profissional para servir a Deus?

[1] “Voluntariado: um convite à participação social”, página 114.

19.12.10

Meu super-herói favorito morreu

Ontem o meu super-herói morreu...
Quando os bons se vão o céu chora, e ontem o céu chorou..
Chorou com os que aqui choravam.. mas logo o céu se abriu, e o sol brilhou forte.. brilhou forte porque o céu triunfava por receber um grande homem.

Eu precisava extravasar tudo o que estava sentindo e foi com um sentimento misto de dor e alegria que escrevi isso..


Sobreviver a dois atropelamentos gravíssimos não é para qualquer um, só possuindo super-poderes!

Meu super-herói era forte, bonito e saudável , assim como a maioria dos super-heróis..
Amigo da paz, mas, quando necessário, o exímio guerreio lutava bravamente pela verdade e pelo que é certo.
Fazia e contava piadas, era brincalhão, como um menino..
Em rodas de conversa, entre amigos e família, quando alguém começava lembrar nomes de pessoas que já morreram ele sempre soltava: "Éeeeee... Engraçado! Gente que nunca tinha morrido agora está morrendo", e todos riam...
Não sabia ele, ou sabia (acredito), que estava nos ensinando a lidar com a morte como algo natural, e é o que é!
Ele nos ensinou muitas lições..

Em especial, me ensinou uma lição: A paciência.
Quando eu era pequenina (como ele dizia), certo dia, brincando com um pente, a criança sem juízo o enroscou no cabelo de tal forma que todos diziam: "O jeito é cortar o cabelo dessa menina!" -e eu chorava muito.
Então o meu super-herói disse: "Calma, deixa isso comigo!" -Me tranquilizou e com toda paciência do mundo desembaraçou, cuidadosamente, fio a fio de cabelo até que o pente se soltasse.
Não foi só uma lição de paciência, mas de amor, de cuidado.. E assim era o meu super-herói!

Outra lição que aprendi com ele quando era criança: Formiga faz bem para as vistas!
Meu super-herói trabalhava em uma beneficiadora de arroz própria, passei grande parte da minha infância lá. Acontece que, a garrafa com água que ficava no balcão daquele lugar sempre estava cheia de formiguinhas.
Então eu dizia: "Estou com sede, mas tem formiga na água" -e ele: "Não faz mal! Formiga é bom para as vistas!"
E eu bebia a água tranquilamente, porque sabia que não faria mal. Mas agora, com tanto tempo que não bebo aquela água, minhas vistas não estão mais tão boas como eram.

Meu super-herói sentia orgulho de mim..
Ele dizia: "a nikinha é inteligente!"
Quanta honra, meu super-herói orgulhoso de mim! Queria muito que ele soubesse que acabo de me formar na faculdade.

Meu super-herói era metido a italiano, sempre soltava palavras e frases no idioma. Ele me perguntava o significado e seguido de um "não sei" ou alguma tentativa frustrada ele abria um riso gostoso e fazia a tradução. -algumas vezes eu acertava, poucas u.u

Meu super-herói morreu porque é herói de verdade, ao contrário do super-man que não envelhece e é imortal. Meu super-herói enfrentou a vida e a morte.
Ora, são as consequências de existir: nascer, crescer, morrer.

E o meu vô, em sua existência, se tornou o meu super-herói!
Com super poderes de tornar a vida de todos a sua volta uma vida melhor.
Deus, me dê esses super poderes, quero ser forte, mulher de fibra, paciente, brincalhona, amiga da paz e exímia guerreira!

Nesses momentos as pessoas se perguntam porque Deus deixou isso acontecer e até negam sua existência.
Realmente, Deus não existe! Deus é! É porque não tem começo ou fim.
Acontecimentos naturais não são objeto de prova da "existência de Deus".
Acontecimentos fatídicos não são objeto de prova da "existência de Deus".
É muita pretensão de quem crê tentar provar que Deus existe. Quem sou eu, em minha pequena existência, para me levantar em defesa de Deus que é!? Sem começo ou fim.

Todavia, mesmo não podendo provar, sei do que vi e vivi com meu vô. E em todo o tempo pude ver Deus em meu vô. Sim, porque meu vô pregava o evangelho o tempo todo, não com palavras, mas com ações. Ele não precisava falar de Deus porque Deus estava em suas atitudes, em sua vida e estou bem certa que é ele que está com Deus agora.

Me dá muito orgulho ser neta do Luciano Pietrobon, ter o sangue dele correndo em mim. Me dá orgulho saber o quanto ele era querido por todos que o conheciam, e eram muitos!
Mesmo que não haja pessoa perfeita, digo que meu vô foi perfeito em caráter, em atitude, em amor.. viveu, em plenitude, tudo o que era bom!

Como o sobre-nome diz.. pietrobon (pedra boa).. Meu vô, foi precioso como uma pedra rara e fina e firme como a rocha, estabeleceu bases fortes por onde andou!

Obrigada vozão por tudo, sentirei saudades!

Obrigada Deus por me dar a honra de ser neta de um super-herói!


*a formatação está péssima, mas estou cansada para arrumar, peço desculpa pelo desleixo.

14.5.09

Tabela Periódica Tipográfica

Certamente quem já terminou o Ensino Médio se lembra bem ou tem uma vaga lembrança da Tabela Periódica. Como o meu caso é o último, não estou aqui para falar dela, mas sim de uma Tabela Periódica Tipográfica:

[clique AQUI para ver a imagem ampliada]

Ela foi feita pelo Designer Cam da Squid Spost e é composta por 100 fontes mais populares, influentes e notórias atualmente, e está agrupada categoricamente por famílias e classes de fontes. Cada célula contém o designer, o ano em que foi criada e um ranking de 1 a 100 que ele criou baseado em sites pesquisados.

Bem mais amigável que aquela das tenebrosas aulas de Química, pelo menos para nós, designers - rsrs. Dá até vontade de imprimir e por na parede do quarto, certamente farei isso assim que possível!

19.4.09

Como Não Fazer Um Bom Briefing

Explicando de forma simplificada, briefing é a troca de informação entre pessoas. É uma forma de organizar a passagem de determinada informação. Um bom briefing é o passo inicial para o sucesso. Não é tão fácil como parece, é preciso determinar o que é certo ou não, se é aplicável ao contexto, saber o público alvo entre tantos outros itens. A falta de conhecimento ou imposição da agência durante as reuniões pode gerar um resultado desastroso ou cômico, como no caso seguinte: